Acaso - Hume

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Conceito que se pode fazer remontar a Hume. Parece que Hume quer reduzir o acaso a um fenômeno puramente subjetivo, pois diz: "Embora não haja no mundo alguma coisa como o acaso, a nossa ignorância da causa real de cada acontecimento exerce a mesma influência sobre o intelecto e gera semelhante espécie de crença ou de opinião". Mas, na realidade, se não existe "acaso" como noção ou categoria em si, tampouco existe a "causa" no sentido necessário e absoluto do termo; existe somente a "probabilidade". E é na probabilidade que está fundado o que chamamos acaso "Parece evidente que, quando a mente procura prever para descobrir o acontecimento que pode resultar do lançamento do dado, considera-se o aparecimento de cada lado como igualmente provável; e essa é a verdadeira natureza do acaso de igualar inteiramente todos os eventos individuais que compreende" (Inq. Cone. Underst.,VI). Essa ideia de Hume deveria revelar-se extremamente fecunda na filosofia contemporânea. O conceito de que o acaso consiste na equivalência de probabilidades que não dão acesso a uma previsão positiva em um sentido ou em outro foi enfatizado por Peirce, que também viu sua implicação filosófica fundamental: a eliminação do "necessitarismo", isto é, da doutrina segundo a qual tudo no mundo acontece por necessidade (Chance, Love and Logic, II, 2; trad. it., p. 128 ss.). Desse ponto de vista, o acaso torna-se um exemplo particular do juízo de probabilidade, mais precisamente, de que a própria probabilidade não tem relevância suficiente para permitir prever um evento. Nesse sentido, o acaso foi considerado uma espécie de entropia (v.) e o conceito relativo comumente é empregado no campo da informação e da cibernética (v.).

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